Veja dicas para a prova discursiva do concurso da Polícia
Federal
Provas estão marcadas para
o dia 6 de maio.
Candidatos devem ficar atentos para não fugir do tema proposto.
O
concurso da Polícia Federal é
um dos mais esperados do ano. Com as provas marcadas para o dia 6 de maio, os
candidatos devem intensificar a preparação principalmente para a prova
discursiva, uma das etapas que mais tiram pontos na seleção.
São oferecidas 600 vagas, sendo 500 para agente e 100 para
papiloscopista. As inscrições podem ser feitas até 3 de abril. O salário é de
R$ 7.514,33 e é preciso ter nível superior em qualquer área.
Para
especialistas ouvidos pelo G1, os candidatos devem treinar as técnicas de
redação juntamente com os estudos para a prova objetiva. “É necessário
equilibrar a preparação para ambas as provas, já que o insucesso em qualquer
uma delas acarreta na aprovação”, ressalta Vinícius Carvalho Pereira, professor
de redação do Concurso Virtual.
“Claro que o aluno não pode esquecer que precisa da pontuação
mínima nas outras matérias. Mas, o quanto antes ele começa a redigir, ficará
melhor preparado", diz Adriana Figueiredo, professora do Centro de Estudo
Guerra de Moraes.
Com a prática no dia a dia, os candidatos conseguem escapar do
erro mais comum cometido nas redações: fugir do tema. “Isso acontece mais entre
as pessoas que estudaram o formato de construção do texto, mas têm pouco
conhecimento do assunto”, afirma Marcelo Portella, professor de português do
Curso Maxx.
O que é cobrado
No edital da PF os candidatos podem consultar quais são as exigências para todas as provas. No caso da prova discursiva, será preciso redigir um texto narrativo, dissertativo e/ou descritivo, com, no máximo, 30 linhas, com base em tema formulado pela banca. O texto deverá ser feito com caneta de tinta preta.
A folha de texto definitiva não poderá ser assinada, rubricada e/ou conter qualquer palavra ou marca. Já o preenchimento dos espaços para o rascunho é facultativo.
Os critérios de avaliação da redação, listados no edital do concurso, são os seguintes: apresentação textual (legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafos), desenvolvimento do tema (objetividade e posicionamento, articulação dos argumentos, consistência e coerência da argumentação), domínio da modalidade escrita da língua portuguesa (grafia e acentuação, pontuação, morfossintaxe e propriedade vocabular).
De acordo com o edital, nos casos de fuga do tema, de não haver texto ou identificação em local indevido, a prova receberá nota 0.
Ainda segundo o edital, serão corrigidas as provas discursivas
dos candidatos aprovados nas provas objetivas e classificados até a posição
1.500, respeitados os empates na última posição.
Antes da prova
Antes da prova
A preparação para a prova discursiva pode começar com a leitura de jornais, revistas e publicações com temas relacionados ao concurso. “É assim que internalizamos as convenções ortográficas, ampliamos nosso vocabulário e aprendemos a argumentar”, diz Pereira.
A dica de Adriana é iniciar o estudo utilizando temas de provas anteriores da banca. “Só esse estudo poderá conferir a experiência necessária para uma prova como essa". Conhecer as técnicas de redação, como elaborar uma tese, desenvolver um parágrafo, inserir exemplos e construir uma conclusão são informações teóricas necessárias para uma boa redação.
Durante o treinamento, os candidatos já devem seguir os critérios adotados pela banca, como o tipo de texto e o número máximo de linhas. Para Portella, os alunos já devem buscar a coerência, a concisão e a coesão. “Deve-se colocar nas linhas somente informações ou posicionamentos que realmente forem julgados como necessários.”
Também é importante praticar utilizando o tempo que estará disponível no dia da prova. "O ideal é reservar cerca de 50 minutos, no máximo uma hora, para a redação", indica Adriana.
Estrutura e temas
O padrão de um texto dissertativo-argumentativo cobrado em concursos possui um parágrafo de introdução, com apresentação da ideia central, dois a três parágrafos de fundamentação, com o desenvolvimento dos argumentos, e um para conclusão, com a reafirmação da ideia da introdução e a apresentação de sugestões concretas. “Com o treinamento é possível cumprir todas essas etapas na hora da prova”, afirma Adriana.
Não há informações sobre o tema da prova discursiva, mas segundo
os especialistas os candidatos devem ficar atentos a assuntos que tenham
relação com as atividades dos cargos. “Temas dependentes da ação da Polícia
Federal como Copa do Mundo, Olimpíadas e fronteiras também podem aparecer",
aponta Portella.
Os candidatos não precisam se preocupar com a reforma
ortográfica, o novo padrão só será cobrado a partir de 2013, segundo o decreto
6.853, de 2008.
Durante a prova
Antes de iniciar a redação, é importante ler com atenção os textos apresentados para ilustrar o tema. “Para não fugir da proposta os alunos podem analisar o tema sublinhando as palavras-chave”, sugere Adriana.
“Pense primeiro e depois escreva”, reitera Portella. Segundo ele, também é necessário evitar repetições de palavras e ambiguidades na construção do texto.
Para Carlos Alberto De Lucca, coordenador geral do Siga Concursos, não se deve deixar a prova escrita para o final, pois o candidato estará muito cansado. “A sugestão é resolver as questões objetivas mais fáceis e seguir para a redação. Depois ele pode resolver as questões mais trabalhosas”, diz.
Outro ponto importante apontado por De Lucca é o rascunho. Ele
indica o uso da ferramenta para que o texto seja aprimorado e os erros
corrigidos. Os candidatos devem fazer uma revisão final e adequar a redação ao
total de linhas pedido pela banca.
“É fundamental fazer um planejamento do texto, pensando qual será a tese defendida, quantos parágrafos serão feitos e qual será a ideia principal de cada um deles antes de começar a escrever”, finaliza Pereira.
“É fundamental fazer um planejamento do texto, pensando qual será a tese defendida, quantos parágrafos serão feitos e qual será a ideia principal de cada um deles antes de começar a escrever”, finaliza Pereira.
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