Experimento faz espigas de milho crescerem o dobro na
Argentina
Seca, no entanto,
prejudicou crescimento das espigas este ano.
Experimento com adubo foi
feito na cidade de Monte Buey, em Córdoba.
Um
experimento realizado por uma empresa argentina fez com que uma plantação de
milho na cidade de Monte Buey, na província de Córdoba, gerasse, na safra
2011/12, espigas com o dobro de tamanho das "normais" – plantadas em
uma terra que está há cerca de dez anos sem receber fertilização.
“Na área com o adubo é possível colher nove toneladas de milho por
hectare. Na que não foi fertilizada, colhe-se apenas três toneladas por
hectare”, explica Santiago Lorenzatti, gerente geral do Grupo Romagnoli, que
fez o experimento. Testes como este são constantemente feitos pelas empresas
para saber qual melhor adubo deve ser usado lavoura. A empresa planta grãos em
9.000 hectares na região e atua também com agropecuária, com 3.000 cabeças de
gado.
Lorenzatti mostra diferença de tamanho entre milho plantado em terra com e sem aduboLorenzatti
explicou, contudo, que mesmo as espigas maiores não cresceram tanto neste ano
por conta da seca que atingiu a região, por mais que a terra tenha sido
adubada. “Se tivesse chovido mais, elas teriam ficado ainda maiores”, disse.
Quando há boa umidade no solo, é possível colher cerca de 12 toneladas de milho
por hectare, diz.
De acordo com o gerente, o tipo de adubo utilizado para o
resultado do experimento nesta safra é natural, uma planta chamada vicia
villosa, possível de ser encontrada no sul da Argentina. Para
melhorar o solo, a empresa planta a vicia entre a colheita de uma cultura e
plantio da outra. “Nós plantamos a soja, colhemos, depois plantamos a vicia,
interrompemos o seu crescimento, cortamos e já plantamos o trigo em cima”. Os
restos da vicia que ficam no solo servem de adubo.
Seca
Neste ano, a falta de chuvas prejudicou a produção de grãos na região. Segundo Lorenzatti, as perdas na colheita de milho, por exemplo, são estimadas em quase 50%. “Faltou chuva em janeiro, mas em fevereiro choveu e vamos ter uma produção de sete toneladas por hectare, o que, apesar der tudo, é considerável aceitável”, disse.
Neste ano, a falta de chuvas prejudicou a produção de grãos na região. Segundo Lorenzatti, as perdas na colheita de milho, por exemplo, são estimadas em quase 50%. “Faltou chuva em janeiro, mas em fevereiro choveu e vamos ter uma produção de sete toneladas por hectare, o que, apesar der tudo, é considerável aceitável”, disse.
No caso da soja, as perdas são estimadas em 30% a 40%, com a
colheita de três toneladas por hectare em algumas áreas e de duas toneladas por
hectare em outras. Uma boa colheita rende quatro toneladas por hectare,
afirmou.
O agricultor Luis Alberto Luciane, que presta serviços de
plantio e colheita para proprietários de terra na mesma cidade, também notou
perdas na produção neste ano por causa da falta de chuvas, mas disse que o
resultado variou em algumas regiões. Na média, na área que ele presta serviços,
a colheita deve ser de duas e meia a três toneladas de soja por hectare,
explicou. No ano passado, quando choveu bem, a colheita foi de quatro a quatro
toneladas e meia por hectare.
Luciane faz colheita em terra que rendeu boa produção de soja na província de Córdoba
Luciane afirmou, contudo, que em uma das terras que presta serviços, a colheita foi muito boa. “É a melhor soja do país [a que nasceu na área onde choveu bem], vamos colher cerca de quatro toneladas por hectare. Em outras regiões, serão duas toneladas por hectare e há terra que sequer haverá colheita”, disse.
Luciane afirmou, contudo, que em uma das terras que presta serviços, a colheita foi muito boa. “É a melhor soja do país [a que nasceu na área onde choveu bem], vamos colher cerca de quatro toneladas por hectare. Em outras regiões, serão duas toneladas por hectare e há terra que sequer haverá colheita”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário