Saiba alguns cuidados básicos para
manter a bateria do carro em ordem
Especialistas alertam para
a instalação de itens homologados pela fábrica.
Rádio e faróis são os que
mais consomem carga.
Muitos motoristas desconhecem que a bateria dos carros também requer
cuidados especiais.
Constituída
basicamente de placas de chumbo (positivas e negativas) e solução de ácido
sulfúrico (eletrólito), que ficam alojados dentro de uma caixa plástica, a
bateria nada mais é que uma fonte acumulativa de energia.
Antes de instalar novos acessórios, deve-se verificar a capacidade máxima da bateria
Para isso, especialistas
apontam para os cuidados com acessórios eletrônicos como rádio, alarme,
rastreadores e componentes elétricos e eletrônicos que nunca ficam desligados –
como a central de injeção – e são aparelhos que possuem a chamada corrente de stand by.
Luz interna acesa também contribui para descarga
da bateria
da bateria
“Ela
puxa energia da bateria quando o veículo está desligado. Esta descarga também
pode ser provocada quando se deixa a iluminação interna acesa sem interrupção”,
explica o gerente de produto da Baterias Moura, Antonio Júnior.
O rádio e o alarme, por exemplo, dependendo dos tipos que são
instalados no carro, podem acarretar uma descarga na bateria de apenas um dia
se estiverem funcionando com o motor desligado, de acordo com Júnior. “Utilizar
peças originais é a principal dica para que a corrente stand by não
descarregue o acumulador”, alerta Júnior. Por isso, o especialista alerta para
verificar a capacidade máxima da bateria e do alternador antes de instalar
novos acessórios. “Sistemas de som potentes, por exemplo, consomem mais energia
e, pode ser preciso optar por peças que tenham maior capacidade”.
Carros parados também consomem energia da
bateria
Mas para aqueles que usam o carro esporadicamente ou então precisam “hiberná-lo” por um tempo prolongado, a recomendação é desligar os terminais dos cabos das baterias, a fim de evitar a descarga precoce da bateria.
Mas para aqueles que usam o carro esporadicamente ou então precisam “hiberná-lo” por um tempo prolongado, a recomendação é desligar os terminais dos cabos das baterias, a fim de evitar a descarga precoce da bateria.
“Carros parados também consomem energia da bateria. Neste caso,
se o veículo for ficar inutilizado por mais de 20 ou 30 dias, caso não seja
possível deixá-lo com alguém para o seu funcionamento, o correto é desligar o
cabo do terminal positivo, a fim de evitar a redução da vida útil da bateria.
Desta forma, evita-se qualquer risco de curto-circuito”, recomenda o professor
do curso de Engenharia Mecânica Automobilística do Centro Universitário da FEI
(Fundação Educacional Inaciana), Edson Esteves.
Além deste cuidado, Esteves orienta também para manter sempre as
capas protetoras - geralmente feitas de borracha ou plásticos - nos terminais.
"Outro cuidado importante é manter as capinhas de proteção (plásticas) em
cima dos terminais (positivo e negativo) da bateria, que evitam o risco de
curto-circuito pelo contato de objetos metálicos", explica o professor.
Segundo os especialistas, a durabilidade de uma bateria, em
média, é de 2 a 3 anos, mas pode cair pela metade se o dono não tiver os
devidos cuidados como, por exemplo, deixar as luzes ou acessórios ligados
quando o motor estiver desligado. Outra dica importante é não dar a partida no
veículo com o farol ligado, o que também puxa carga da bateria, diminuindo sua
vida útil.
“Mesmo no caso de carros mais sofisticados, com sistema de
acendimento automático, aconselho a desligá-lo antes de dar a partida. Desta
forma, as chances de a bateria durar mais serão maiores”, aponta o proprietário
do Auto Elétrico Kaneto, Marcio Kaneto.
Frente do rádio também deve ser removida para
evitar desgaste da bateria
evitar desgaste da bateria
No caso
dos rádios, uma dica simples que também ajuda a evitar o desgaste é retirar a
frente destacável (para os modelos que a possuem) do aparelho sempre que sair
do veículo. “Essa parte já consome stand by e conforme o tipo do rádio pode chegar
até a 800mA, o que descarregaria uma bateria convencional em poucas horas”,
afirma o gerente Antônio Júnior.
De acordo com o consultor da ADK Automotive, Paulo Roberto
Garbossa, para o caso das baterias arriadas, há alguns sistemas de rádio que
necessitam de codificação para voltar a funcionar e as concessionárias cobram
caro pelo serviço. Por isso a consulta ao manual do proprietário é primordial.
“Antes de iniciar qualquer serviço como “chupeta” (ligação direta entre bateria
arriada e uma auxiliar), leia antes o manual do veículo. Isso porque, em alguns
casos, pode se causar um dano significativo no sistema elétrico do veículo,
além de ter um gasto extra”, orienta Garbossa.
Segundo Marcio, da Auto Elétrico Kaneto, os cabos auxiliares
vendidos em supermercados para fazer a ligação direta entre as baterias nem
sempre são confiáveis, dependendo do estado da bateria. “Tivemos um cliente que
processou uma fabricante de cabos auxiliares, pois ao fazer a chupeta no seu
Mercedes-Benz SLK o acessório não aguentou a carga e acabou derretendo não só o
isolamento, mas também o revestimento do banco - lembrando que nestes carros a
bateria é alojada atrás dos assentos”, relata.
Prevenção da bateria depende de outros
componentes
Para Kaneto, o ideal é chamar um mecânico de confiança, pois o profissional possui equipamentos próprios para fazer medição da carga da bateria, como scanner ou voltímetro.
Para Kaneto, o ideal é chamar um mecânico de confiança, pois o profissional possui equipamentos próprios para fazer medição da carga da bateria, como scanner ou voltímetro.
Alternador em ordem também ajuda a manter a
durabilidade da bateria
durabilidade da bateria
Através destas
ferramentas, o técnico avaliará se o problema está realmente na bateria ou no
alternador, componente responsável por transformar a energia mecânica em
elétrica, através da corrente alternada induzida por campo magnético. “Nunca é
demais levar o automóvel para fazer uma verificação no sistema do alternador, a
cada seis meses, em uma oficina especializada. É ele o responsável por fornecer
a corrente necessária aos acessórios elétricos e manter a carga da bateria em
ordem”, explica.
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