Grupo da BA elege Dilma maior inimiga dos gays em
2012
O Grupo Gay da Bahia
(GGB) divulgou nesta quinta-feira os "ganhadores" do Troféu Pau de
Sebo, que elege os maiores inimigos dos homossexuais brasileiros no ano em
diversos quesitos. Em 2012, a vencedora foi a presidente Dilma Rousseff (PT),
que puxou uma série de políticos listados na premiação, realizada há 22 anos.
De acordo com o GGB,
o veto ao kit anti-homofobia escolar foi o motivo que levou a presidente ao
posto de maior inimiga dos homossexuais no Brasil. O grupo alega que, com a
queda do projeto, mais de 6 milhões de estudantes deixaram de ser capacitados
para atuar contra a homofobia e pela defesa os direitos da comunidade LGBT
(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). A ausência
do kit, segundo o grupo, ainda estimula o bullying homofóbico.
O presidente de honra
do grupo, o sociólogo Luiz Mott, lamentou ter que dar o prêmio à presidente,
que, segundo ele, teve a chance de promover uma reviravolta contra a homofobia
no Brasil e a desperdiçou voluntariamente. "Eu gostaria que pudesse dar à
presidenta aplausos, e não vaias, como as que ela tem recebido em paradas gays
em todo o Brasil recentemente por ter vetado o kit", afirmou.
Para ele, o veto de
Dilma à iniciativa ocorreu por dois motivos. O primeiro seria o que ele considera
uma "homofobia internalizada" por parte da presidente, que estaria
continuamente se afastando dos movimentos LGBT. O segundo, de acordo com Mott,
é a relação política que a presidente cultiva com grupos considerados
homofóbicos pelo GGB, em especial os evangélicos.
"Ela está cada
vez mais se aproximando dos evangélicos, que a obrigam a tomar determinadas
decisões colocando debaixo do braço a Bíblia Sagrada", disse o sociólogo.
Mott afirmou ainda que, se o prêmio fosse físico e Dilma viesse recebê-lo em Salvador,
diria à petista que ela ainda tem condições de reparar os "malfeitos que
tem cometido contra os homossexuais". "O perdão sempre é possível
desde que haja conversão para o lado do bem."
Outros políticos
listados pelo GGB, todos por supostas declarações homofóbicas, foram os
senadores Marcelo Crivella (PRB-RJ), atual ministro da Pesca, e Magno Malta
(PR-ES), além dos deputados federais João Campos (PSDB-GO), Ronaldo Fonseca
(PR-DF), Marco Feliciano (PSC-SP), Anthony Garotinho (PR-RJ), André Zacarov (PMDB-PR),
Lauriete, (PSC-ES), Acelino Popó (PRB-BA), Salvador Zimbaldi (PDT-SP) e Áureo
Moreira Ribeiro (PRTB-RJ).
Na categoria
personalidades, o escolhido foi o ator Marcelo Serrado, que interpreta o
homossexual Crô na novela Fina Estampa. O artista declarou que é contra o beijo
gay na televisão e que não gostaria que sua filha visse uma cena assim. Ele foi
listado ao lado da travesti Rogéria, que também se declarou contra. Já o
lutador Rodrigo Minotauro também fez parte da lista por dizer na TV que não treinaria
um aluno gay.
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