Preços de imóveis no Rio de Janeiro e São Paulo começam a
baixar
Com a demanda fortíssima
dos últimos anos, ficou complicado para as construtoras achar mão-de-obra
qualificada e materiais por um preço bom.
Segurança é um dos itens que mais importam na hora de
comprar a casa própria.
Mas os preços estavam atrapalhando os planos de muita gente. Nos últimos dois anos, os imóveis de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo ficaram caríssimos.
O preço dos imóveis começou a desacelerar depois de quase quatro
anos ladeira acima.
mas, até chegarmos a esse ponto, muita gente pagou caro e não recebeu a casa nova.
mas, até chegarmos a esse ponto, muita gente pagou caro e não recebeu a casa nova.
Em São Paulo, 30% de todas as reclamações no Procon são por
quebra de contrato por parte das construtoras.
Era para ser só um escritório. Mas acabou virando a casa da
família. Uma construção meio improvisada nos fundos do terreno alugado onde
funciona a distribuidora de gás da Vanessa e do Israel. Não era isso que eles
imaginavam quando compraram na planta um apartamento bonitão. O sonho da casa
própria, pelo contrato, era para ter virado realidade há quase um ano e meio.
Só que por enquanto, quando eles acordam, os únicos vizinhos continuam sendo os
botijões.
“A gente sempre sonhou em ter o nosso cantinho tão arrumadinho,
e até então a gente tá morando de improviso”, conta Vanessa Pavan.
“É uma coisa que você está sonhando. É a sua casa, você
trabalhou, juntou o dinheiro para entrada, tudo, e você vê que não é aquilo que
te ofereceram”, lamenta Israel Valério.
Problemas como os que a família da Vanessa vem enfrentando, para
os analistas já eram de certa forma esperados. Com a demanda fortíssima dos
últimos anos, ficou complicado para as construtoras achar mão-de-obra
qualificada e materiais por um preço bom. Estava difícil até conseguir
guindastes e outros equipamentos. Complicações que atrasaram muita obra por aí.
E se os prédios não sobem dentro do prazo são as reclamações que
vão as alturas.
“A gente costuma chamar isso de dor do crescimento, quer dizer,
teve aquele crescimento muito rápido, as empresas seguramente não se planejaram
para esse crescimento. Então é obvio, aconteceu um processo de excesso de
demanda, faltaram insumos, faltaram profissionais, faltaram equipamentos e isso
fez com realmente algumas obras atrasassem”, afirma o presidente do Secovi-SP,
Claudio Bernardes.
Com o mercado aquecido, os preços dispararam. O valor dos
imóveis no Rio de Janeiro, por exemplo, literalmente dobrou em quatro anos. No
mesmo período, São Paulo registrou um aumento de quase 70%.
Tudo isso despertou a desconfiança dos compradores, a procura
diminuiu e a situação agora mudou muito. Tem construtora fazendo de tudo pra
fisgar cliente. Dando desconto, pagando a escritura para o futuro morador. Algo
quase impossível de se imaginar nos últimos anos. Para o presidente do Secovi,
sinais de uma outra tendência. A da estabilização dos preços dos imóveis.
“A tendência é essa, seguramente. Nós estamos falando em um
crescimento dos preços acompanharem a inflação em média. Eu acho que já houve
um atendimento daquela demanda reprimida e agora nós vamos entrar numa
estabilidade”, afirma Claudio Bernardes
presidente do Secovi-SP.
presidente do Secovi-SP.
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