Percentual de contas em atraso bate recorde no Brasil em
maio
Juro cobrado por bancos e
financeiras diminuiu, mas não conseguiu impedir situação. Inadimplência chegou
a 6% em maio entre empresas e pessoas físicas de acordo com BC, que registra
atrasos a partir de 90 dias.
Nos
últimos meses, os juros cobrados pelos bancos e pelas financeiras diminuíram um
pouco, mas isso não impediu que o percentual de contas em atraso, no Brasil, batesse um recorde.
Cartão de crédito, cheque especial, financiamentos. O brasileiro
está habituado a pagar prestações. Mas em 12 anos, nunca a inadimplência foi
tão alta. Chegou a 6% em maio entre empresas e pessoas físicas de acordo com o
Banco Central, que registra atrasos a partir de 90 dias. A inadimplência só das
pessoas físicas é ainda maior: 8%
Lerim não conseguiu pagar as compras. Está devendo várias
parcelas.
“Eu planejei, mas sai do emprego e meu nome tá sujo”, diz ele.
O calote no financiamento de carros vem subindo a 17 meses
seguidos. É também o maior dos últimos 12 anos.
Vários carros já foram de pessoas que não conseguiram pagar as
prestações e os bancos apreenderam. Galpões estão espalhados por todo o país.
Os carros vão ser leiloados e o dinheiro vai cobrir o empréstimo que deixou de
ser pago.
Mas o Banco Central acredita que a inadimplência vai cair.
“A nossa perspectiva é haja acomodação desse processo e retração
das taxas de inadimplência até o final do ano”, aposta o chefe do Departamento
Econômico do Banco Central, Túlio Maciel.
Um dos motivos pode ser a queda na taxa de juros. Outro dado
divulgado nesta terça-feira (26) pelo Banco Central mostra que a taxa média é a
menor desde 2000 e está em 38,8% ao ano.
Os brasileiros estão trocando as dívidas com taxas mais caras
por outras mais baratas. Como o empréstimo consignado, que cresceu 30% em maio.
“Eu
consegui parcelar tudo direitinho. Eles mandam a fatura do jeito que a gente
negociou. To pagando direitinho, tudo certinho”, fala uma mulher.
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