Conselho de Ética vota hoje cassação de Demóstenes
Torres
Sem a presença de Demóstenes Torres (sem partido-GO) na sessão, o
Conselho de Ética do Senado vota nesta segunda-feira o relatório que
recomendará a cassação do mandato do senador goiano. O voto é aberto e o texto
deve ser aprovado por unanimidade, mas pode haver ausências entre os 15
conselheiros. Demóstenes está sendo processado por quebra de decoro
parlamentar, acusado de pôr o mandato a serviço do bicheiro Carlos Cachoeira,
preso em fevereiro e acusado de chefiar uma quadrilha de jogo ilegal. Se aprovado
no conselho, o processo será submetido à Comissão de Constituição e Justiça do
Senado, antes de ir a plenário.
- O senador não irá ao conselho. Já falou, já fez o papel dele. O momento é o da defesa técnica. - afirmou o advogado de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida de Castro, o Kakai.
- O senador não irá ao conselho. Já falou, já fez o papel dele. O momento é o da defesa técnica. - afirmou o advogado de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida de Castro, o Kakai.
Relator do processo no conselho, o senador Humberto Costa (PT-PE)
vai focar o voto em três pilares: o discurso de Demóstenes no Senado em que
garantiu que seu relacionamento com Cachoeira era apenas de amizade; os
presentes que recebeu do bicheiro, como a cozinha importada e o rádio Nextel; e
o depoimento do senador ao conselho, em maio, reconhecendo conversas gravadas
como verídicas.
O advogado de defesa vai enfatizar problemas processuais e o uso
de provas ilegais.
- Isso é grave. Meus argumentos são 100% diferentes dos de Márcio
(Thomaz Bastos, advogado do Carlos Cachoeira) e aceitos pela Justiça. É ético
cassar um senador baseado em provas ilegais? - disse Kakai.
Costa diz que o conselho avaliará a quebra ou não do decoro:
- As questões processuais têm relevância para o processo judicial,
mas no Conselho de Ética o julgamento é político.
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