quarta-feira, 27 de junho de 2012

SERVIÇOS - VILÕES DA INFLAÇÃO


Preço dos serviços sobe mais do que a inflação: 7%, segundo economista



Está mais caro, por exemplo, comer fora, estacionar e ir ao salão de beleza. Estacionar o carro por 1 hora em São Paulo pode custar R$ 16.


Está mais caro estacionar, comer fora, ir a salão de beleza. É grande a lista de serviços cujo preço não para de subir. Enquanto a inflação geral está caindo, a de serviços está crescendo. A pedido do Bom Dia Brasil, um economista da Fundação Getúlio Vargas confirmou: a inflação no setor de serviços já passa dos 7%.
Na mais paulista das avenidas, a vida urbana cobra seu preço. Deixar o carro parado por uma hora em determinados locais sai por R$ 16. Nos últimos 12 meses, os preços de estacionamento subiram 15% por cento em média no país.
“Absurdo. É altíssimo. Em 2 horas já passa de R$ 25”, diz o empresário José Teófilo Neto, sobre os estacionamentos.
“É um horror, fica muito caro,fora o seguro que você paga do carro”, protesta a advogada Simone Mazzio.
A inflação dos serviços passou de 7% nos últimos 12 meses, calculados até dia 15 de junho. É a maior alta desde dezembro. A inflação geral, medida no mesmo período pelo IPCA-15, ficou em 5%, mostrando desaceleração.

Quando o produto nacional fica muito caro, o consumidor ou até o lojista pode dar preferência para os importados mais em conta. Com os serviços não é assim, eles não sofrem concorrência do produto que vem de fora.

Além disso, não é tão fácil substituir escolas e médicos, por exemplo. Esses são só alguns dos fatores que explicam o aumento dos preços.
Na praça de alimentação, mesmo com a variedade de oferta, o consumidor reclama dos preços. Cada restaurante é livre pra cobrar o que quer e o freguês que se cuide pra não se assustar com a conta.
“Geralmente a gente vai pegando e pensando ‘isso aqui vai ficar um pouquinho mais caro, mas fazer o que?’ Tem que pagar o que eles pedem”, resigna-se na analista de teste Daniele Teixeira Oliveira.
“O que você pode fazer é escolher um lugar um pouco mais barato ou comer um lanche, ou só o lanche por exemplo, sem batata e sem refrigerante”, aponta Rogério Corredor da Silva.
A demanda aumentou, mas a oferta de serviços não acompanhou o ritmo. No salão de beleza, os preços subiram quase 8%. Contratar uma empregada doméstica também ficou mais caro.
Samy Dana, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas, lembra ainda que as medidas de estímulo ao consumo tiveram impacto nos preços dos serviços: “O limite de preço é maior porque não concorre com outros mercados. Então teoricamente há muito mais espaço para a inflação em serviços do que em produtos quando tem um impacto de aumento de renda ou de aumento de dinheiro, no caso brasileiro, principalmente, o crédito”.
Também pesam muito no bolso do consumidor os preços por serviços como os manobristas e até mesmo em estacionamentos como hositais, onde normalmente se vai em uma situação de emergência e sequer temos como saber quanto tempo será preciso ficar lá.
Procurado, o Procon informou que só pode aplica multa se for confirmado um abuso, como, por exemplo, o aumento excessivo do preço do estacionamento por conta de um show.

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