Considerado cancerígeno, componente da Coca
gera polêmica
Ativistas pedem
que um componente encontrado na Coca-Cola vendida na Grã-Bretanha seja banido.
O produto químico encontrado na coloração caramelo, que dá à bebida sua
cor característica, está no centro das discussões nos Estados Unidos por estar
relacionado ao câncer. As informações são do jornal britânico Daily Mail.
A Coca-Cola teve seu processo de fabricação reformulado recentemente na América, para diminuir o nível do produto químico em questão, o 4-metilimidazol (4-MI), que é relacionado ao câncer
A Coca-Cola teve seu
processo de fabricação reformulado recentemente na América para diminuir o
nível do produto químico em questão, o 4-metilimidazol (4-MI). Mas a precaução
ainda não foi acatada em outros países, como a Grã-Bretanha, onde o
produto representa o maior número de vendas no segmento de refrigerantes.
A quantiade de 4-MI
encontrada em uma Coca-Cola vendida no Grã-Bretanha é de 135
microgramas, valor que é 34 vezes mais alto do que os 4 microgramas
encontrado na bebida vendida nos Estados Unidos, de acordo com um novo estudo
do grupo americano Center For Science in The Public Interest, em parceria com uma
campanha sobre alimentação infantil no Reino Unido.
As autoridades da
Saúde na Califórnia estão tão preocupadas com a questão que proibiram qualquer
bebida que tenha mais do que 40-MI. Reações químicas entre o açúcar e a amônia
resultam na formação do 4-MI, que é apontado como causador de câncer em testes
de laboratório com ratos.
Os resultados da
pesquisa serão publicados no International Journal of Occupatinal and
Evniromental Health. Os ativisitas escreverão para os ministros da Saúde no
Reino Unido pedindo que o componente seja banido. Malcom Clark, coordenador da
campanha, disse que a "Coca-Cola parece estar tratando seus consumidores
no Reino Unido com desdém". "A empresa deveria respeitar a saúde
de todos os consumidores ao redor do mundo, usando uma coloração caramelo
livre de componentes químicos cancerígenos".
Fabricantes indicam
que é possível obter uma coloração caramelo totalmente livre do componente,
embora seja quatro vezes mais caro. O Center For Science in The
Public Interest examinou a Coca-Cola ao redor do mundo e chegou à conclusão
que, nos Estados Unidos, o 4-MI presente em 355 ml é de 4mcg. O
número é maior em todos os outros países avaliados, como 56mcg na
China e 267mcg no Brasil. As versões diet e zero não foram incluídas
na análise, mas testes anteriores indicaram que elas tendem a ter três vezes
menos contaminação do que a versão normal.
Especialistas
californianos afirmam que o consumo regular de 4-MI em
30microgramas causaria câncer em uma a cada 100 mil pessoas. A
Coca-Cola nega que o componente cause algum risco à saúde humana. No Reino
Unido, as autoridades disseram que vão mudar o componente, mas ainda não
colocaram a ação na agenda.
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