Chávez sobrevive com opiáceo muito mais
forte que a morfina, diz jornal
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, suporta as
fortes dores provocadas pela extensão de seu câncer aos ossos graças a um
opiáceo "cem vezes mais forte que a morfina", afirma neste sábado o
jornal espanhol ABC.
O dirigente venezuelano "está
tomando fentanil, um medicamento que é cem vezes mais potente que a morfina,
com o objetivo de aliviar as fortes dores que o persistente avanço do câncer
nos ossos está provocando", afirma.
Em uma informação apresentada como
"exclusiva", o correspondente do jornal conservador espanhol em
Washington assegura ter tido acesso a "um informe de inteligência que
detalha a terapia seguida pelo líder bolivariano".
Este documento, "elaborado a
partir dos pareceres médicos da equipe que atende" Chávez, confirma que o
presidente "sofre com um rabdomiossarcoma, um tumor cancerígeno dos
músculos que estão ligados aos ossos, com metástases nestes".
Mas uma parte da equipe médica
considera, segundo a mesma fonte, que, "se não acontecer uma inesperada
queda, o presidente Chávez pode chegar às eleições" presidenciais.
Chávez, que não detalhou de que tipo
de câncer sofre, nem sua gravidade, busca ser eleito para um novo mandato de
seis anos nas presidenciais de 7 de outubro, nas quais prevê enfrentar o
candidato opositor Henrique Capriles Radonski.
Falando durante quase quatro horas ao
país devido a uma reunião de ministros, Chávez realizou na terça-feira sua
aparição televisiva mais longa desde que anunciou, em março, a reincidência do
câncer que o atinge desde 2011.
O presidente venezuelano, que concluiu
há pouco mais de duas semanas as sessões de radioterapia em Cuba, diminuiu
drasticamente suas aparições públicas.
O fentanil, potente opiáceo
administrado através de adesivos dermatológicos colocados sob a roupa, pode
provocar "certa letargia ou lentidão mental" entre seus efeitos
colaterais, afirma o ABC.
O jornal também afirma que os médicos
cubanos "não estariam comunicando a Chávez toda a gravidade de sua
situação" para "contribuir com a confiança".
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