Fabricantes
ampliam produção de bicicletas
Considerado veículo da moda no
País, a bicicleta ganha espaço nas ruas e nas fábricas, que estão ampliando a
produção. A Houston, segunda maior empresa do segmento no País, com uma unidade
no Piauí, iniciará em julho a construção de uma segunda fábrica, agora na Zona
Franca de Manaus.
Paralelamente,
o Brasil também começa a produzir bicicletas elétricas. A maior parte da
demanda pelo produto atualmente é atendida pelas importações, especialmente da
China. Mas pelo menos três empresas nacionais vão produzir esse tipo de
veículo: a Houston, a Kasinski e a Evolubike.
A
nova fábrica da Houston entrará em operação em 2013 e terá capacidade para 650
mil bicicletas ao ano. A atual, inaugurada há 12 anos em Teresina, tem
capacidade para 1,1 milhão de unidades e este ano produzirá cerca de 950 mil,
12% a mais que em 2011. O grupo emprega 900 funcionários.
"A
bicicleta é o veículo da moda e do futuro: gera saúde, não polui, ajuda a
resolver o problema do transporte dos grandes centros e ainda tem um preço
acessível", afirma Pedro Santiago, porta-voz da Houston. Os preços das
"magrelas", como são chamadas por muitos dos usuários, deverão variar
de R$ 250 a R$ 3 mil.
Segundo
Santiago, o consumidor é bem diversificado em termos de perfil de renda.
"Compra uma bike o trabalhador que precisa chegar até o serviço, o
executivo que prefere pedalar a passar 40 minutos em um engarrafamento, a
família que deseja passear no parque e também a turma que faz trilhas no fim de
semana e por aí vai", diz.
No
caso das elétricas, a Houston está finalizando os testes da sua primeira linha
desse produto. A tecnologia será toda importada, mas com adaptações para o
consumidor brasileiro. Os modelos serão produzidos em Teresina e devem chegar
ao mercado no fim deste de 2012 ou no começo do ano que vem.
A
Kasinski, que já produz motocicletas na Zona Franca de Manaus, anunciou uma
fábrica de motos e bicicletas elétricas no Rio de Janeiro, mas o projeto,
previsto para 2011, está atrasado. A empresa informa que ainda este mês
iniciará, provisoriamente, a produção de bicicletas elétricas em Manaus, com
tecnologia chinesa. Quando a fábrica do Rio estiver pronta, vai transferir a
linha para lá.
O
tamanho do mercado de bicicletas elétricas ainda é desconhecido no Brasil, mas
o diretor financeiro da Evolubike, Rogério Rovito, aposta num potencial de 1
milhão de unidades anuais num prazo de cinco anos. Rovito e dois sócios, um
deles seu irmão, todos engenheiros, criaram a Evolubike, que desenvolve
bicicletas elétricas. Com base em São Paulo, a empresa vendeu, em um ano, 700
unidades a preços entre R$ 3 mil e R$ 3,3 mil. Este ano, quer chegar a 1,5 mil
peças
.
Os
sócios adquirem os componentes na China e montam as bicicletas num galpão no
bairro do Cambuci. "Mas não somos apenas montadores", diz Rovito.
Eles explica que o grupo escolhe componentes como motor e bateria de diferentes
fabricantes, agrega novas tecnologias - todas patenteadas - e vende um produto
"com a cara do brasileiro".
A
Evolubike iniciou recentemente estudos para uma fábrica local, que deverá
produzir cerca de 20 mil unidades ao ano até 2017. O valor do investimento e
local da fábrica ainda não estão definidos.
Sem
intenção, no momento, de atuar no segmento das elétricas, a Caloi, maior
fabricante nacional, pretende produzir este ano 1,1 milhão de bicicletas, 100
mil a mais que em 2011.
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