Ciência não consegue decifrar o mistério da origem dos cachorros
O pesquisador Greger Larson, da universidade de Durhan, na Inglaterra, tentou usar a genética para decifrar um dos maiores mistérios da ciência: afinal, de onde vieram os cachorros? Mas, o mistério permanece. O estudo foi publicado dia 21 no Proceedings, da National Academy of Sciences inglesa e revela o fracasso do projeto. O afeto dos humanos pelos cães levou a tantos cruzamentos e manipulações que a história genética desses animais acabou se perdendo. Sabemos que os cães evoluíram dos lobos, mas quando e onde eles foram domesticados pelo homem permanece um enigma, oculto nas névoas do tempo.
Antigo: Os Salukis estão entre as raças mais antigas
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"Existe uma grande ironia aqui. Nós os amamos tanto que apagamos
sua história inicial e tornamos muito difícil entender suas origens",
lamentou Larson em uma entrevista para o site Livescience.com. Os cães foram os
primeiros animais a serem domesticados pelos seres humanos, mas onde e como
isso aconteceu ainda é um mistério. Suspeita-se que tenha sido no "velho
mundo", ou seja, Europa, Ásia ou África, mas pode ter acontecido várias
vezes ao longo da história.
Para complicar a coisa os seres humanos levaram seus melhores amigos em
suas viagens pelo mundo e expedições de colonização. E até hoje cachorros e
lobos efetuam cruzamentos, o que torna impossível determinar quais as
populações originais de lobos forneceram seus genes para os cães que temos em
casa hoje em dia. Ao estudar a estrutura genética dos cães de hoje, Greger
Larson não conseguiu recuar mais do que 150 anos no tempo. Foi na época
vitoriana, no século XIX, que os criadores produziram a maior parte das
espécies de cães que conhecemos hoje. Mas antes disso, durante 15 mil anos, os
cachorros já faziam parte do dia a dia da humanidade. Eles eram criados de
acordo com as funções que desempenhavam: cães de guarda, cães pastores, cães de
estimação. E enquanto os humanos criavam novas variedades através dos
cruzamentos, os cães tinham filhotes por conta própria, e cães abandonados
tinham filhotes com lobas o que transformou a genética desses animais numa
confusão que os cientistas ainda não conseguiram decifrar.
Esperto: O bordercollie é o mais inteligente |
Pelo tempo
Entre os tipos de cachorros que conhecemos hoje, os akitas, os afegãos,
os pequineses e os salukis são as espécies mais antigas. Mas até mesmo essas
espécies têm uma história que não vai além de dois mil anos. Segundo os
cientistas elas não estão mais perto dos cachorros pré-históricos do que os
atuais. A equipe da universidade de Durhan analisou o material genético de 1375
cães, de 35 raças incluindo as seis consideradas mais antigas. Eles também
mapearam a localização geográfica dessas espécies em relação aos sítios
arqueológicos com evidências de cães domesticados e os lobos que viviam nessas
regiões, e descobriram que a maioria das raças mais antigas não vem dos sítios
arqueológicos onde seus esqueletos mais antigos foram encontrados. E três delas
vem de locais sem populações de lobos.
Foi quando os cientistas "jogaram a toalha". E o mistério da
origem do "melhor amigo do homem" permanece intocado. Seja como for,
essas simpáticas criaturas de quatro patas andam lado a lado com os seres
humanos desde a época pré-histórica. Na Roma Antiga eles já eram usados como
vigias das casas. Nas ruínas de Pompéia, a cidade romana destruída pela erupção
do vulcão Vesúvio, foram encontrados corpos petrificados de pessoas e de
cachorros. Um deles morreu tentando cortar a corrente que o prendia.
Em tempos modernos os cães servem de guias para os cegos, ajudam a
localizar pessoas soterradas por terremotos e farejam drogas nos aeroportos do
planeta. E quando o homem deixou a Terra, rumo ao espaço sideral, os cachorros
foram na frente. A cadela Laika, uma cachorra de rua capturada pela carrocinha,
foi o primeiro habitante da Terra a ser enviado ao espaço na nave soviética
Sputnik 2. Foi sacrificada em nome do prestígio da extinta União Soviética já
que o Sputnik não tinha proteção térmica ou meios de retornar a Terra.
Dois anos depois as cadelas Strelka e Belka conseguiram voltar vivas do
espaço depois de testar a nave Vostok, que levaria o primeiro homem e a
primeira mulher ao espaço. Seus colegas Chernuska e Ptsiolka não tiveram a
mesma sorte e morreram incinerados quando a nave reentrou na atmosfera no
ângulo errado.
Hoje a agência espacial americana estuda Rico, um cachorro border collie
que consegue reconhecer 400 palavras. Com o Rico são testadas as metodologias
de contato com criaturas extraterrestres. Ou seja, se encontrarmos outra
civilização no espaço, faremos contato com a ajuda dos nossos cães.
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