Greve no Judiciário atrasa processos e preparativos para as eleições
Treinamento dos
mais de 400 chefes de cartórios que vão operar urnas eletrônicas é adiado.
Distribuição dos processos já tem uma semana de atraso.
Greve
de funcionários do Poder Judiciário, que começou no início do mês, está
prejudicando o andamento de processos e também os preparativos para as
eleições, em São Paulo.
Pilhas de processos sobre a mesa, mas servidores do Tribunal
Regional Eleitoral de São Paulo trocam os documentos pelos apitos utilizados
nas manifestações.
Uma semana de atraso na distribuição de processos e ainda tem
político sem saber quando vai ser a audiência para brigar pelo registro da
candidatura nas eleições de outubro.
Silêncio na sala de informática, o treinamento dos mais de 400
chefes de cartórios que vão operar as urnas eletrônicas foi adiado.
O pedido dos grevistas é por 31% de aumento. O risco, eles
dizem, é prejudicar as eleições.
“O setor aqui no tribunal está completamente parado, cem por
cento, e com isso os cartórios lá na cidade não conseguem preparar as urnas
para as eleições de outubro próximo”, diz Adilson Rodrigues do Sindicato dos
Servidores do Poder Judiciário Federal.
“Nada é suficiente para causar um prejuízo tão grande a ponto da
gente dizer que vamos ter um prejuízo na eleição municipal”, afirmou o assessor
da presidência do TRE de São Paulo, Marco Antonio Martin Vargas.
No Tribunal Regional do Trabalho, as portas estão fechadas em
mais da metade das varas.
Os grevistas mantiveram aberto o setor de protocolo, o que gerou
uma fila. Isso significa que continuam chegando mais e mais processos no Fórum
Trabalhista de São Paulo. Subindo pelo prédio, está quase tudo vazio, algumas
pessoas nos andares e uma vara funcionando, ainda assim com muito pouca gente.
É praticamente tudo parado pela greve.
Um advogado e seu cliente chegam para tentar um acordo, mas no
local não tem ninguém.
“A partir de fevereiro de 2013 é a expectativa. O atraso depende
de cada vara”, diz um funcionário.
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