quarta-feira, 29 de agosto de 2012

NÃO FUMANTE TEM MAIS CHANCE DE TRABALHAR


Algumas empresas preferem contratar não fumantes, diz coordenador



Empresa de Uberlândia faz trabalho de enfrentamento do tabagismo.
Consequências do tabagismo custam aos países US$ 200 bilhões por ano.


Além dos prejuízos para a saúde, o cigarro também mexe com o bolso dos fumantes e pode interferir até na hora de conseguir um emprego. Algumas empresas de Uberlândia, inclusive, dão preferência aos não fumantes na hora da contratação, de acordo com um coordenador de desenvolvimento humano e organizacional. Segundo o Banco Mundial, as consequências do tabagismo custam aos países US$ 200 bilhões por ano.
O diretor de arte Alexandre Pereira e Silva trabalha em uma agência de publicidade e propaganda. São 10 horas de trabalho diárias e entre um serviço e outro ele para, desce e vai ao fumódromo. Cena que se repete entre seis e sete vezes ao dia. "Tem hora que eu preciso de concentração e acabo saindo da frente do computador para fumar. Mas é uma forma também de concentrar", comentou Alexandre.
Além de prejuízo no trabalho e para a saúde, há perdas também para o bolso. Por mês ele gasta R$ 100 com cigarros e ao longo de 18 anos, o vício já consumiu cerca de R$ 21.600. "Calculando mais ou menos dá um carro popular nesses anos que fumei", disse o diretor de arte.
O coordenador de desenvolvimento humano e organizacional, Douglas Rafael da Costa, contou que para as empresas um funcionário fumante pode significar afastamento ou queda na produtividade. E na hora de contratar algumas dão preferência aos não fumantes. "Hoje há empresas que não optam por contratar pessoas que fumam. Então a pessoa tem que ter a vontade de fumar para ter uma boa oportunidade de trabalho ou ela vai ter que procurar empresas que são adeptas aos fumantes", ressaltou Douglas.
Em uma empresa de Uberlândia, o enfrentamento do tabagismo faz parte do Processo de Desenvolvimento Individualizado (PDI) da saúde, que começou em 2002. De lá para cá, de um grupo de 15 fumantes, 12 largaram o vício. A coordenadora do PDI da saúde, Cida Cruvinel, disse que o trabalho foi feito com executivos do grupo e o plano da empresa agora é estender o projeto aos outros 22 mil funcionários. "Naquele primeiro momento de avaliação já é identificada e naquele momento ela já recebe orientações, alertas, estímulos e apoio para que ela deixe de ser tabagista", explicou Cruvinel.

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