segunda-feira, 20 de agosto de 2012

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Botas exóticas têm diamantes e custam até R$ 55 mil em Barretos


Peles de elefantes, arraias e cabeças de cobras também são usadas.
Peças estão à venda em parque onde acontece a Festa do Peão. 


Bota de pele de arraia com rubis e diamantes (Foto: Clayton Castelani/G1)Botas de pele de arraia com rubis e diamantes

Acessórios obrigatórios a frequentadores de rodeios, as botas viram artigos de luxo nas mãos de um sapateiro especializado em calçados exóticos na Festa do Peão de Barretos. Conhecido no meio sertanejo por confeccionar artesanalmente peças calçadas por celebridades, Olívio Martins, de 43 anos, aposta no exagero para atrair seus clientes: o par mais incomum do estande que ele montou neste ano no Parque do Peão é feito de pele de arraia, tem seis rubis, 42 pedras de diamante, salto encapado com ouro e custa R$ 55 mil.
As compradoras são mulheres com elevado poder aquisitivo e que estão acostumadas à vida no campo, segundo Martins. “A mulher que vai comprar um cavalo de R$ 1 milhão em um leilão precisa estar com uma bota adequada”, diz o empresário, no ramo desde 2003. “Sempre fui fã de rodeios, mas quando percebi que as botas exóticas só eram feitas fora do Brasil, decidi investir nisso”.
Na loja itinerante de Martins, a bota mais comum é a de pele de avestruz, que custa R$ 760. Os preços sobem de acordo com a dificuldade de encontrar ou trabalhar o material.
O modelo que tem cabeças de cobras najas costuradas próximas às biqueiras custa R$ 5,4 mil. “Não é só a dificuldade para comprar as cabeças, mas o próprio processo para curtir o couro é diferente, porque se não for bem feito pode apodrecer”. 
Botas feitas com peles de elefante, hipopótamo e tubarão também fazem sucesso entre peões e peoas. “Só a foca que não deu certo, tive de suspender: as pessoas ficam com dó”.

Bota é feita com pele e cabeça de cobra naja (Foto: Clayton Castelani/G1)Bota é feita com pele e cabeça de cobra naja

Autorizadas

Martins explica, porém, que só usa peles de animais mortos em condições naturais, nos casos de elefantes e hipopótamos, ou abatidos em fazendas de criadores autorizados pelo governo. “Minhas peças sempre saem com o selo do Ibama”.

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