Excesso de chuva prejudica safra de café no centro-oeste
de SP
São Paulo é o segundo
estado maior produtor nacional.
Problema principal é com a
queda na qualidade do grão.
Nas
lavouras de Piratininga, no
centro-oeste de São Paulo, apanhar os grãos de café ainda é um serviço todo
manual. Depois de rastelados, eles são amontoados e aí é preciso habilidade com
a peneira para separar o café das folhas, terra e galhos.
Os agricultores da região ainda estão contando os prejuízos por
cauda da chuva das últimas semanas. Muitos grãos foram para o chão antes da
hora, o que prejudicou a qualidade do produto.
"Essa situação é geral no estado inteiro, em toda a região
produtora de café. O café que fica no chão fica com gosto de terra ou,
dependendo do tempo em que ele ficou em contato com a umidade, ele vai
fermentando e a fermentação é o que mais prejudica a bebida", explica
Aurélio Girotto, engenheiro agrônomo.
Nesta região do estado de São Paulo, o inverno costuma ser seco,
mas este ano, choveu muito em julho. Segundo os produtores, em dez dias, o
volume registrado foi de quase 400 milímetros, enquanto em anos anteriores, a
média, não passou de 60 milímetros.
Vice-presidente da Comissão Nacional do Café, Maurício Lima
Verde faz uma avaliação sobre o mercado do café com essa queda na qualidade.
"O rendimento do produtor cai por que o que o mundo quer é qualidade hoje.
A gente só vende café de qualidade".
Outro fator que está influenciando na queda nos preços é a
grande produção. O café tem ciclo bienal e alterna anos de boa colheita com
anos de safra menor.
Este ano é ano de safra cheia e a colheita do arábica deve
chegar a 38 milhões de sacas em todo o país, de acordo com a CONAB.
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