Líderes do Mercosul se reúnem em Brasília para entrada da Venezuela
Suspenso do bloco,
o Paraguai não participará da reunião no Brasil.
Nesta segunda, Dilma recebeu Hugo Chávez para um jantar no Alvorada.
Nesta segunda, Dilma recebeu Hugo Chávez para um jantar no Alvorada.
A presidente Dilma
Rousseff receberá nesta terça-feira (31), em Brasília, os líderes do Mercosul
para selar a entrada da Venezuela no bloco. A cúpula extraordinária terá
presença dos presidentes Hugo Chavez (Venezuela), Cristina Kirchner (Argentina)
e José Mujica (Uruguai).
O Brasil sedia o encontro porque exerce a presidência pró-tempore do
Mercosul. Antes do início da cúpula, marcada para 11h, Dilma receberá os três
presidentes em seu gabinete para uma reunião privada.
Segundo agenda divulgada pelo Itamaraty, às 9h15 é esperada a chegada de
Hugo Chávez para uma cerimônia de assinatura de atos entre ambos os países.
Este será o segundo encontro entre o venezuelano e Dilma, que o recebeu para um
jantar na noite desta segunda-feira (30), no Palácio da Alvorada.
A cúpula terá duração de cerca de 1h30 e selará o ingresso da Venezuela
no Mercosul, decisão tomada por Brasil, Argentina e Uruguai no mês passado,
durante a 43ª Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, na cidade argentina de
Mendoza.
A incorporação do país ao bloco só foi possível devido à suspensão
temporária do Paraguai, o que ocorreu após o presidente Fernando Lugo ser destituído
do poder. O Paraguai era o único membro permanente cujo Congresso ainda não
havia aprovado a entrada da Venezuela.
Como continua suspenso do bloco, o Paraguai não participará da reunião
no Brasil.
Após a cúpula, haverá uma declaração à imprensa feita por algum
representante brasileiro da presidência pró-tempore do bloco. Há previsão de
Chávez também falar, segundo assessoria da embaixada da Venezuela. Em seguida,
às 13h10, os presidentes almoçarão no Palácio do Itamaraty.
Polêmica
O ingresso do país de Hugo Chávez ao Mercosul se deu em meio a polêmica e acusações de que o Brasil teria feito pressão a favor da admissão. O ministro de Relações Exteriores do Uruguai, Luis Almagro, afirmou no início do mês que seu país era contrário ao ingresso da Venezuela "nessas circunstâncias". Segundo agências internacionais de notícias, Almagro disse que a posição do Brasil "foi decisiva nessa história".
O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da
República, Marco Aurélio Garcia, negou a acusação na época. "Nós não
fizemos pressão sob nenhum país até porque não é estilo da presidenta Dilma
Rousseff fazê-lo", disse Garcia na época. Segundo o assessor especial, o
Brasil não faz esse tipo de pressão "em relação a nenhum governo e menos
ainda o faria em relação a governos com os quais nós temos uma associação tão
intima".
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