Estudo aponta elo entre mutação genética e paralisia em
crianças
Cura para hemiplegia
alternante está mais próxima, dizem cientistas.
Estudo divulgado na
'Nature' envolveu pesquisadores de 13 países.
Pesquisadores do centro médico da Universidade de Duke, nos Estados
Unidos, descobriram que um raro distúrbio que causa paralisia em crianças, a
hemiplegia alternante da infância, está ligado a uma mutação genética. Graças à
descoberta, um tratamento pode ser possível no futuro, dizem os cientistas em
um estudo publicado neste domingo (29) na revista "Nature Genetics".
O distúrbio começa a atingir crianças antes mesmo dos 18 meses de idade,
com manifestações como paralisia ocular, disfunção do sistema nervoso, falta de
ar (a chamada dispnéia) e outros efeitos.
Com o tempo, aponta a pesquisa, a tendência é haver imobilidade em um
lado do corpo e depois no outro da criança, com intervalos imprevisíveis. O
distúrbio aparece esporadicamente, com tendência a não se manifestar em outros
membros da família, afirma um dos autores da investigação científica, Eric
Heinzen.
Como a doença não se manifesta em pais de crianças com hemiplegia,
"nós procuramos por mutações genéticas nas crianças", disse Heinzen.
"Comparamos cuidadosamente os genomas de sete pacientes e dos seus pais
que não tinham nenhum tipo de distúrbio. Quando encontramos mutações em todas
as sete crianças no mesmo gene, nó soubemos que havíamos encontrado a causa do
distúrio", disse.
A pesquisa foi feita com a colaboração de fundações nos EUA, Itália e
França, incluindo cientistas de 13 países diferentes, para estudar 95 pacientes
adicionais. A pesquisa mostrou que 75% das crianças com a doença tinham mutação
no mesmo gene.
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