MEC divulga critérios de
avaliação do Enem e alerta que escrever gíria é erro muito grave
Rio - Para tentar estancar a
avalanche de ações na Justiça questionando a correção das redações do Enem, o
texto pode passar por até seis professores na correção. Uma cartilha foi
divulgada nesta segunda-feira pelo Ministério da Educação para ajudar os
estudantes a entenderem os critérios. Uso de gíria ou termos muito coloquiais
será considerado erro grave.
Pelas
novas regras, para cada redação, haverá dois corretores.
Se a diferença entre as notas deles for superior a 200 pontos na nota final ou
de 80 pontos em cada um dos cinco quesitos analisados, um terceiro professor é
convocado.
A nota final será a média dos conceitos
mais próximos. Caso a discrepância permaneça, uma banca com três avaliadores
fará a correção definitiva. Até o ano passado, o MEC tolerava até 300 pontos de
diferença nas notas.
Foram publicados exemplos de redações
avaliadas com nota máxima (1000) em 2011, entre elas, a de duas estudantes
cariocas. Uma dessas duas, porém, contém gafe.
Intitulado "O fim do Grande
Irmão", o texto destaca que perfis em redes como Facebook e Twitter servem
como “ferramenta política e social para aumentar a credibilidade de
determinadas personalidades, como ocorre com Hugo Chaves em sua ditadura na
Venezuela”. O correto é Chávez. Erro de grafia é considerado grave pela
cartilha.
Vale
nota zero
- Fugir do tema
- Texto com até 7 linhas
- Escrever palavrões, xingamentos e desenhar
Erros
mais graves
- Falta de concordância entre verbo e sujeito
- Frases truncadas
- Gíria
- Problemas de pontuação, grafia e acentuação
- Letra minúscula iniciando frases e nomes de pessoas e lugares
Erros
graves
- Falta de concordância do adjetivo com o substantivo
- Regência nominal e verbal inadequada
- Separação de sujeito e verbo por vírgula
- Usar linguagem oral, e não a formal
Deslizes
leves
- Erros na voz passiva como “vende-se casas” em vez de “vendem-se casas”
- Equívocos de pontuação que não comprometem o sentido do texto
Menos
pontos
Outros pecados vão custar caro aos estudantes, como escrever poesia em vez de texto dissertativo-argumentativo; fugir parcialmente do tema; falta de coerência entre início, meio e fim do texto; uso de expressões clichês; copiar trechos do texto que apresenta o tema da redação.
Outros pecados vão custar caro aos estudantes, como escrever poesia em vez de texto dissertativo-argumentativo; fugir parcialmente do tema; falta de coerência entre início, meio e fim do texto; uso de expressões clichês; copiar trechos do texto que apresenta o tema da redação.
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