Tratamentos de beleza ajudam homens na luta contra o
câncer
Os homens podem cuidar das
unhas, dos cabelos, da barba e até fazer tratamentos de pele. Pequenos cuidados
fazem uma tremenda diferença para quem está enfrentando uma fase difícil na vida.
No
Instituto do Câncer de São Paulo aumentou a procura dos homens por tratamentos
de beleza. As sessões ajudam a recuperar a auto-estima dos pacientes, o que
ajuda no tratamento e na cura.
Os homens podem cuidar das unhas, dos cabelos, da barba e até fazer
tratamentos de pele. Pequenos cuidados fazem uma tremenda diferença para quem
está enfrentando uma fase difícil na vida.
Elas chegam, mas não para uma simples visita. Os corredores de
um hospital podem parecer frios, impessoais. Mas por trás das portas se
descobre o carinho na delicadeza de um toque de pessoas que estão aqui para
ajudar. Para quem está no meio da luta, do combate contra a doença, pode
significar muito. Pode significar uma injeção de ânimo, o resgate da
auto-estima.
Um algodão embebido em loção tônica é capaz de fazer toda a
diferença. Que Bruno aceita, de bom grado. “Sou vaidoso assumido. Dá uma
auto-estima, ajuda também a passar o tempo mais rápido”, conta.
Aos 22 anos, Bruno se trata de um câncer no intestino. Fez uma
cirurgia para a retirada de tumores há cerca de um mês. E agora recebe os mimos
das meninas que integram o programa "Cantinho da beleza" - oferecido
pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo para os pacientes em
tratamento.
“Enriquece muito a alma, muito o espírito, eu aprendi muita
coisa com eles aqui e que eu vou levar para minha vida assim eternamente”,
conta a maquiadora Regiane Gonçalves dos Santos.
“É um trabalho super gratificante, tanto para quem está
recebendo, principalmente para a gente que está podendo proporcionar esse
carinho”, diz Christiane da Costa.
O programa começou há três anos e já atendeu mais de 15 mil
pacientes, entre homens e mulheres. E eles, antes desconfiados com tanto
cuidado, passaram a aproveitar o momento diante do espelho.
“40% do atendimento é do publico masculino, eles são exigentes
também. Eles querem ficar bonito, querem tratar da pele, querem tratar da unha.
O paciente que tem a sua autoestima elevada ele fica mais suscetível ao
tratamento e aos profissionais que ali estarão, que é o fisioterapeuta,
assistência social, psicologia”, explica Marcelo Cândido, supervisor de
hospitalidade do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
Aos 65 anos, seu Francisco é um estreante nesse assunto. “Depois
eu vou cantar aquela musica do Zeca Pagodinho para ela, ela vai pegar mal. ‘Não
faça assim que eu posso até me apaixonar’, esse tipo de coisa”, brinca.
Ele teve câncer de mama e a doença evoluiu para os pulmões. Há
quatro meses, seu Francisco faz quimioterapia. Agora, ele decidiu: vai separar um
tempinho na agenda também para passar por esse outro tipo de sessão.
“Ficou boa a pele. Eu estou colocando aqui a mão, parece que
ficou legal, a menina me deu um trato legal. Primeira vez e você vai me ver
sempre aqui, pode deixar. Azar dela”, diz.
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