Crise na suinocultura prejudica mais de 70 municípios em
SC
Em um único dia, soja
subiu 2,5% e o milho 5,3% nas Bolsas internacionais.
Ingredientes são os principais componentes da ração dos animais.
A
granja de Osmarino Antonio de Souza, no município de Arvoredo, oeste de Santa Catarina,
chegou a ter mil animais entre matrizes, leitões e suínos na engorda. Hoje, as
instalações estão praticamente vazias.
Osmarino cria suínos há mais de 50 anos, os últimos 10 de forma
independente. Ao longo desse período, ele conta que nunca enfrentou uma crise
como esta.
O preço do milho e da soja, que servem como base para ração
animal está nas alturas e o valor recebido pelos suínos na hora da venda está
baixo. O resultado são as dívidas nos bancos, que estão cada vez maiores. A de
Osmarino já chega a R$ 400 mil.
Produtores, prefeitos e lideranças da região se reuniram para
discutir alternativas para o setor. Entre as reivindicações feitas ao governo
do estado está a isenção de ICMS pelo prazo mínimo de 30 dias e o aumento no
volume de carne suína na merenda escolar.
"O governo determinou a compra de carne suína para escolas,
presídios e hospitais. O ICMS está isento para leitões de até 30 quilos e vamos
agora tentar estender o benefício para o suíno terminado", explica João
Rodrigues, secretário estadual da Agricultura e da Pesca.
Para o governo federal, os produtores pedem que o porco seja
incluído no Programa de Garantia de Preços Mínimos, o PGPM.
Mais de 70 municípios catarinenses decretaram situação de
emergência por causa da crise na suinocultura. A pressão agora é para que o
estado também faça o decreto.
Na quinta-feira (12), suinocultores de todo o país vão à
Brasília. Além de participar de audiência pública no Senado, eles vão se reunir
com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho.
O Ministério da
Agricultura adiou o anúncio de medidas para beneficiar a
suinocultura. As mudanças ainda precisam do aval do Ministério da Fazenda.
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