sexta-feira, 13 de julho de 2012

MÉTODO NOVO PARA TRATAR O CÂNCER


Pesquisadores brasileiros criam método inovador para tratar o câncer



Nos laboratórios, uma substância de nome esquisito tem ganhado destaque. É o álcool perílico, um óleo extraído de frutas cítricas. O paciente inala o álcool em casa, durante 15 minutos, quatro vezes ao dia.


Uma boa notícia: os primeiros resultados de uma pesquisa pioneira e totalmente nacional. Um novo método, desenvolvido na Universidade Federal Fluminense, traz esperança para o tratamento do câncer no cérebro.
A imagem, na ressonância magnética, mostra um tumor no cérebro de nove centímetros. O exame foi feito em janeiro em senhor de 70 anos. Seis meses depois, o tumor havia encolhido para 1,4cm.
“Eu sinto que o meu organismo está bem mais resistente. Me sinto melhor”, conta o empresário Aristides Ferreira Mulim.
Seu Aristides fez tratamento intensivo, que combinou quimioterapia e radioterapia. Mas os melhores resultados vieram depois que ele conheceu uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal Fluminense, no estado do Rio. Nos laboratórios, uma substância de nome esquisito tem ganhado destaque. É o álcool perílico, um óleo extraído de frutas cítricas.
O tratamento também inova na hora da aplicação do remédio. O paciente inala o álcool perílico em casa, durante 15 minutos, quatro vezes ao dia. A opção é bem menos invasiva que o tratamento tradicional e de, acordo com os pesquisadores, até hoje não há registros de efeitos colaterais, mesmo em pacientes que vêm sendo tratados há mais de seis anos.
A inalação permite que o álcool chegue ao sistema nervoso central e iniba a proliferação das células cancerígenas.
“O que nós estamos vendo é que primeiro está regredindo tumores. Segundo, a sobrevida melhora. Terceiro, a qualidade de vida - já que não é um produto que não é tóxico -, então os pacientes já têm uma qualidade de vida melhor”, explica o neurocirurgião Clóvis da Fonseca.
O estudo chamou a atenção de pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia. O médico americano Thomas Chen disse que os resultados apresentados por este método são muito melhores do que os de alguns tratamentos convencionais.
Mas os pesquisadores esclarecem que a quimioterapia ainda é necessária. Por isso, o próximo passo da pesquisa é juntar no nebulizador o álcool perílico e os remédios da quimioterapia, que também passariam a ser inalados.
“Nós chegamos à conclusão que nós temos que combinar várias drogas para que possamos debelar definitivamente esta célula. Nós vamos poder diminuir a concentração dos quimioterápicos e diminuir também o dinheiro gasto”, explica o neurocirurgião.
Com passos cada vez mais firmes, seu Aristides, que acabou de voltar de uma viagem, está cheio de planos.
“O plano é a gente fazer outra viagem já”, conta o senhor.



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