PRECES ESPÍRITAS

Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, eu com elas estarei. ( MATEUS, cap. XVIII, v. 20.)
Onde quer que se encontrem duas ou
três pessoas reunidas em meu nome, eu com elas estarei. ( MATEUS, cap. XVIII, v. 20.)
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O QUE É A PRECE
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A PRECE É :
..Um apoio para a alma; contudo não
basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. (ESE, cap. 5,
ítem 8)
... Ato de caridade, é um arroubo do
coração. (ESE, cap. 26, ítem 4)
... Uma invocação mediante a qual o
homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Pode
ter por objeto um pedido, um agradecimento ou uma glorificação. (ESE, cap. 27,
ítem 9)
... o orvalho divino que aplaca o
calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a
senda que conduz a Deus. (ESE, cap. 27, ítem 23)
Em todos os casos de obsessão, a
prece é o mais poderoso meio de que se dispõe para demover de seus propósitos
maléficos o obsessor. (Gênese, cap. 14, ítem 46)
A prece é um ato de adoração. Orar a
Deus é pensar nele, é aproximar-se dele; é pôr-se em comunicação com ele. A
três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir, agradecer.
(LE, cap. 3, questão 659)
Oração não é palavra, é sentimento.
Um olhar da alma, fixo no céu, vale mais que mil rosários rezados
rotineiramente. (Amélia D.Sóler, Fragmentos das Memórias do Padre Germano, cap.
6)
Rezar é
repetir palavras segundo fórmulas determinadas. É produzir eco que a brisa
dissipa, como sucede à voz do sino que no espaço se espraia e morre. Orar é
sentir. O sentimento é intraduzível. Não há palavra que o defina com absoluta
precisão. O mais rico vocabulário do mundo é pobre para traduzir a grandeza de
um sentimento. Não há fórmula que o contenha, não há molde que o guarde, não há
modelo que o plasme. O sentimento é, por natureza, incoercível. Como o
relâmpago prenunciando temporal, o sentimento fere o campo de nossa
consciência; e, num dado instante, penetra o âmago do infinito. Quem o retém? Quem
ousa interpretá-lo? Quem o pesa e quem o mede? Só Deus o conhece só Deus o
julga com justiça, porque só Deus sabe o que são essas vibrações de nossa alma,
quando para Ele apelamos na linguagem misteriosa do sentimento. Nosso espírito
sintetiza numa só vibração aquilo que o vocabulário terreno não diria após
haver esgotado o derradeiro elemento de todos os seus recursos. Orar é irradiar
para Deus, firmando desse modo nossa comunhão com Ele.
A
oração é o poder dos fiéis. Os crentes oram. Os impostores e os supersticiosos
rezam. Os crentes oram a Deus. Os hipócritas, quando rezam, dirigem-se à
sociedade em cujo meio vivem. Difícil é compreender-se o crente em seus
colóquios com a Divindade. Os fariseus rezavam em público para serem vistos,
admirados, louvados. Jesus amava a oração e detestava a reza. Dizia aos seus
discípulos: Vigiai e orai constantemente para não cairdes em tentação. Quando,
porém, orardes, não faça como os hipócritas, que rezam em pé, nas sinagogas e
nas ruas, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que os tais já
receberam a recompensa. Entrai em vossos aposentos, fechai a porta, e orai em
secreto ao vosso Pai que está nos céus. Não deveis, tão pouco, usar repetições
ociosas, como fazem os gentios, que entendem que pelo muito falar serão
ouvidos. Vosso Pai sabe o que vos é mister, antes mesmo que lho
peçais.Aprendamos, pois com Jesus a amar a oração e repudiar a reza.
Vinícius, Nas Pegadas do Mestre
Vinícius, Nas Pegadas do Mestre
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PRECES
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PRECES POR AQUELE MESMO QUE ORA
Aos anjos guardiães e aos Espíritos
protetores
11. PREFÁCIO. Todos têm, ligado a nós,
desde o nosso nascimento, um Espírito bom, que nos tomou sob
a sua proteção. Desempenha, junto de nós, a missão de um pai para com seu filho: a de
nos conduzir pelo caminho do bem e do progresso, através das provações da vida. Sente-se
feliz, quando correspondemos à sua solicitude; sofre, quando nos vê sucumbir.
Seu
nome pouco importa, pois bem pode dar-se que não tenha nome conhecido na Terra.
Invocamo-lo, então, como nosso anjo guardião, nosso bom gênio. Podemos mesmo
invocá-lo sob o nome de qualquer Espírito superior, que mais viva e particular
simpatia nos inspire.
Além do Anjo guardião, que é sempre um
Espírito superior, temos Espíritos protetores que, embora menos elevados, não
são piores e magnânimos. Contamo-los entre amigos, ou parentes, ou, até, entre
pessoas que não conhecemos na existência atual. Eles nos assistem com seus
conselhos e, não raro, intervindo nos atos da nossa vida. Espíritos simpáticos
são os que se nos ligam por uma certa analogia de gostos e pendores. Podem ser
bons ou maus, conforme a natureza das inclinações nossas que os atraiam.
Os Espíritos sedutores se esforçam por
nos afastar das veredas do bem, sugerindo-nos maus pensamentos. Aproveita-se de
todas as nossas fraquezas, como de outras tantas portas abertas, que lhes
facultam acesso à nossa alma. Alguns há que se nos aferram como a uma presa,
mas que se afastam, em se
reconhecendo impotentes para lutar contra a nossa vontade.
Deus, em o nosso anjo guardião, nos deu
um guia principal e superior e, nos Espíritos protetores e familiares, guias
secundários. Fora erro, porém, acreditarmos que forçosamente, temos um mau gênio ao
nosso lado, para contrabalançar as boas influências que sobre nós se exerçam.
Os maus Espíritos acorrem voluntariamente,desde que achem meio
de assumir predomínio sobre nós, ou pela nossa fraqueza, ou pela negligência
que ponhamos em seguir as inspirações dos bons Espíritos. Somos nós, portanto,
que os atraímos. Resulta desse fato que jamais nos encontramos privados da
assistência dos bons Espíritos e que de nós depende o afastamento dos maus.
Sendo, por suas imperfeições, a causa primária das misérias que o afligem, o
homem é, as mais das vezes, o seu próprio mau gênio. (Cap. V, nº 4.)
A prece aos anjos guardiães e aos
Espíritos protetores deve ter por objeto solicitar-lhes a intercessão junto de
Deus, pedir-lhes a força de resistir às más sugestões e que nos assistam nas
contingências da vida.
12. Prece. - Espíritos
esclarecidos e benevolentes, mensageiros de Deus, que tendes por missão
assistir os homens e conduzi-los pelo bom caminho, sustentai-me nas provas
desta vida; dai-me a força de suportá-la sem queixumes; livrai-me dos maus
pensamentos e fazei que eu não dê entrada a nenhum mau Espírito que queira
induzir-me ao mal. Esclarecei a minha consciência com relação aos meus defeitos
e tirai-me de sobre os olhos o véu do orgulho, capaz de impedir que eu os
perceba e os confesse a mim mesmo.
A ti sobretudo, N..., meu anjo guardião,
que mais particularmente velas por mim, e a todos vós, Espíritos protetores,
que por mim vos interessais, peço fazerdes que me torne digno da vossa
proteção. Conheceis as minhas necessidades; sejam elas atendidas, segundo a vontade
de Deus.
13. (Outra) - Meu Deus, permite que os
bons Espíritos que me cercam venham em meu auxílio, quando me achar em
sofrimento, e que me sustentem se desfalecer. Faze, Senhor, que eles me incutam
fé, esperança e caridade; que sejam para mim um amparo, uma inspiração e um
testemunho da tua misericórdia. Faze, enfim, que neles encontre eu a força que
me falta nas provas da vida e, para resistir às inspirações do mal, a fé que
salva e o amor que consola.
14. (Outra) - Espíritos bem-amados,
anjos guardiães que, com a permissão de Deus, pela sua infinita misericórdia,
velais sobre os homens, sede nossos protetores nas provas da vida terrena.
Dai-nos força, coragem e resignação; inspirai-nos tudo o que é bom, detende-nos
no declive do mal; que a vossa bondosa influência nos penetre a alma; fazei
sintamos que um amigo devotado está ao nosso lado, que vê os nossos sofrimentos
e partilha das nossas alegrias. E tu, meu bom anjo, não me abandones. Necessito
de toda a tua proteção, para suportar com fé e amor as provas que praza a Deus
enviar-me.
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