Caiu a casa
em definitivo para Ricardo Teixeira e João Havelange
O processo que culminou na saída de Ricardo
Teixeira de seu sultanato na CBF correu na justiça suíça. Ele e seu ex-sogro, o
ex-presidente da Fifa João Havelange, receberam suborno da ISL, empresa da
Suíça que negociava os direitos de transmissão dos jogos das copas do mundo.
Todo mundo sabia que o processo existia e que ambos eram os nomes envolvidos no
suborno e, de certa maneira, foram condenados - o problema é que o juiz manteve
o sigilo dos nomes deles. Oficialmente, portanto, não havia a comprovação.
Nesta quarta 11, o correspondente do Estadão
na Suíça, o jornalista Jamil Chade, confirmou os nomes de Teixeira e Havelange
envolvidos no suborno junto à Justiça suíça. Ninguém precisa ter dedos pra
dizer, agora, que o ex-presidente da CBF e o ex-presidente da Fifa são
corruptos. Em abril, o portal UOL já havia provado, ao rastrear
documentos, a conexão financeira entre a ISL e os dois brasileiros.
A
dupla foi acusada de ter recebido ao 15,6 milhões de dólares entre 1992 e 2000
através de empresas de fachada. Eles devolveram parte desse valor em troca do
sigilo do caso, que foi revelado em matéria da BBC britânica em 2011. Este
sigilo que foi quebrado hoje, a pedido da imprensa suíça e da BBC.
Ricardo Teixeira deixou a CBF ao ver que a
casa cairia. Está refugiado em sua mansão em Miami. João Havelange não é
presidente da Fifa desde 1998, mas é vitaliciamente presidente de honra, o que
precisa ser corrigido imediatamente. O atual presidente da entidade, Joseph
Blatter, diz que não sabia desses fatos, o que parece pouco provável.
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