Irã anuncia aumento de capacidade
para enriquecer urânio
O Irã aumentou em mais de 10% o número de centrífugas de
enriquecimento de urânio, apesar das sanções e das pressões internacionais, indicou
o presidente do país, Mahmud Ahmadinejad, citado pela imprensa local nesta
quarta-feira.
"Atualmente
há 11.000 centrífugas em atividade nas instalações de enriquecimento" de
Natanz e Fordo, disse o presidente em uma reunião de funcionários de alto escalão
do país com o guia supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
Segundo o
último relatório da AIEA, a agência de energia atômica das Nações Unidas,
publicado no fim de maio, o Irã tem pouco mais de 10 mil centrífugas, 9.330
delas em Natanz (8.818 em atividade) e 696 em Fordo.
Ahmadinejad
não informou quantas centrífugas novas foram instaladas em Natanz e quantas em
Fordo, uma nova instalação de enriquecimento construída no interior de uma
montanha e, portanto, muito mais difícil de destruir em caso de bombardeios.
As
instalações de Fordo enriquecem urânio a 19,75%, enquanto Natanz enriquece
principalmente a 3,5%, mas também, em alguns casos, a 19,75%.
Nas
negociações iniciadas em abril após 15 meses de interrupção, os países do grupo
5+1 (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia, China e Alemanha) pediram ao
Irã o fechamento de Fordo e o fim do enriquecimento de urânio a 20%.
Segundo
este grupo de países, o Irã está se aproximando do enriquecimento a 90%,
necessário para utilizar a energia atômica com fins militares.
O Irã
nega-se firmemente a ceder, afirma que seu programa nuclear é pacífico e
descarta as críticas dos países ocidentais, que temem que o governo iraniano
esteja desenvolvendo uma bomba atômica sob o pretexto de um programa nuclear
civil.
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