Novos modelos de cédulas reduzirão risco
de falsificação, afirma Mantega
Notas de R$ 50 e R$ 100 terão novos modelos ainda no 1º
semestre.
Cédulas terão diferentes tamanhos, para ajudar deficientes visuais.
Cédulas terão diferentes tamanhos, para ajudar deficientes visuais.
As
notas da "segunda família" do real seguirão um padrão internacional
que dificultará a falsificação, afirmou nesta quarta-feira (3) o ministro da
Fazenda, Guido Mantega, durante o lançamento dos novos modelos
das notas de real. Para ele, os novos modelos de notas também
auxiliam na "internacionalização" da moeda brasileira.
As cédulas de R$ 50 e R$ 100 serão modificadas ainda no primeiro
semestre de 2010, enquanto as demais serão substituídas até 2012, conforme as
notas ficarem velhas e tiverem de sair de circulação. A meta é iniciar a
substituição dos atuais modelos de R$ 10 e R$ 20 no primeiro semestre de 2011.
As novas notas custam de 25% a 28% a mais do que os modelos
antigos, segundo o BC. Somente em 2010, a autoridade monetária estima gastar R$
300 milhões com o processo de substituição das cédulas.
As mudanças são tecnológicas e de design, mas o BC afirmou que
todos os animais representados nas notas atuais continuarão a figurar nas novas
versões. "O objetivo é que sejam muito seguras. Estaremos emitindo cédulas
de última geração, que são compatíveis com as cédulas mais modernas em
circulação no mundo, como o euro [e] a nova família de dólares", afirmou o
ministro Mantega.
Por conta do fortalecimento da moeda brasileira, Mantega diz que
o país também tem de se preparar para que o real seja mais utilizado no mercado
internacional. "Já começa a haver demanda para que [a moeda brasileira]
possa ser utilizada fora do país", disse.
De acordo com o ministro, o real já é considerado uma moeda
forte. "Hoje o real é uma moeda forte. Às vezes, alguns empresários
reclamam que a moeda é tão forte, valorizada, mas a vida é assim. Temos de nos
preparar para que o real seja uma moeda de curso
[circulação] internacional. Hoje é uma moeda de curso mais limitado."
Para guardar em casa
Segundo o presidente do BC, Henrique Meirelles, o real está se
tornando cada vez mais uma moeda que uma parcela da população guarda em casa,
uma vez que a inflação está sob controle. "Não haverá mudanças de
aparência. Não se discutiu uma nova apresentação; foram mudanças necessãrias do
ponto de vista tecnológico."
Conforme Meirelles, foi importante inaugurar uma nova familia de cédulas por conta da evolução tecnológica. "A tecnologia de segurança evolui, como também evoluem os mecanismos de tentativa de imitação. Todos países estão trabalhando por uma modernização tecnológica de suas moedas", disse ele.
Ele lembrou que, em 1994, quando a primeira família do real foi lançada, em consequência do plano de estabilização econômica que debelou a inflação alta, os projetos foram feitos de "forma rápida". "Um projeto agora de consolidação e de emissão de uma moeda com característica de longo prazo é um passo natural. Isso demandou muito tempo de estudo e de trabalho."
Conforme Meirelles, foi importante inaugurar uma nova familia de cédulas por conta da evolução tecnológica. "A tecnologia de segurança evolui, como também evoluem os mecanismos de tentativa de imitação. Todos países estão trabalhando por uma modernização tecnológica de suas moedas", disse ele.
Ele lembrou que, em 1994, quando a primeira família do real foi lançada, em consequência do plano de estabilização econômica que debelou a inflação alta, os projetos foram feitos de "forma rápida". "Um projeto agora de consolidação e de emissão de uma moeda com característica de longo prazo é um passo natural. Isso demandou muito tempo de estudo e de trabalho."

Tamanho da cédula aumentará conforme o valor nela representado
Tamanhos
O Banco Central informou ainda que as novas cédulas atenderão a
uma demanda dos deficientes visuais, que tinham dificuldades em identificar os
valores nas notas atualmente em circulação.
"Com tamanhos diferenciados e marcas táteis em relevo
aprimoradas em relação às atuais, a nova família de cédulas facilitará a vida
dessa importante parcela da população", informou a instituição.
Substituição gradual
Segundo o BC, apesar de as novas notas de R$ 100 começarem
a circular ainda neste semestre, as antigas continuarão a valer, devendo ser totalmente
substituídas em até dois anos. "Esse é o tempo de substituição por conta
do desgaste das cédulas", explicou Anthero Meirelles, diretor do BC.
O Banco Central informou que a nova família das cédulas vem
sendo desenvolvido desde 2003, em conjunto com a Casa da Moeda. De acordo com a
instituição, a nova família vai manter a diferenciação por cores predominantes,
de modo a facilitar a "rápida identificação dos valores" por parte da
população.
A autoridade monetária informou ainda que, para produzir as
novas cédulas com recursos gráficos e novos elementos de segurança, a Casa da
Moeda modernizou seu parque fabril. "Com as aquisições, [a Casa da
Moeda] se equipara às empresas mais modernas do mundo no ramo da impressão de
segurança", disse o BC.
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