Cafeicultores correm contra o tempo
e trabalham à noite em MG
No sul do estado, nem a
chuva impede a colheita do café.
Trabalho noturno representa mais gastos para o produtor.
Na lavoura de Eufrânio Pereira em Três Pontas, no sul de Minas Gerais, as colheitadeiras não
entram em algumas partes, o terreno acidentado só permite a colheita manual ou
com a ajuda das derriçadoras. Até agora, o agricultor só colheu 37% das 800
sacas previstas.
Em muitas fazendas, quando a noite chega o
trabalho continua. Em uma propriedade em Três Pontas, os secadores funcionam
sem parar para dar conta dos 300 mil litros de café que chegam diariamente das
lavouras.
O trabalho extra tem um motivo: a chuva dos
últimos meses atrasou a colheita do café. Em muitas lavouras, os grãos caíram e
os cafeicultores, preocupados com a qualidade da bebida, resolveram entrar nos
cafezais também durante à noite.
Desde o início do mês, enquanto duas máquinas
avançam nas plantações, as equipes se revezam em dois turnos nos 300 hectares
da fazenda. O novo horário de trabalho agradou a muitos funcionários, já para o
cafeicultor, a mudança traz gastos que ele não esperava. "Isso representa
20 ou 30% a mais de gasto com turnos dobrados e horas extras. O clima está
sendo um complicador para nós na colheita do café", conta Arnaldo Botrel.
 
 
 
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