Siderúrgica chinesa desiste de
projeto no Brasil
Pequim, 3 Jul 2012 (AFP) -A companhia siderúrgica chinesa
Wuhan Iron and Steel (Wisco) desistiu de construir uma usina no Brasil, o que
representaria um investimento de cinco bilhões de dólares, em consequência dos
altos custos e da queda da demanda mundial de aço, informa a imprensa chinesa.
O acordo para a execução do projeto no estado
do Rio de Janeiro foi assinado em abril de 2010 entre a Wisco e a empresa
brasileira LLX, do grupo EBX, do empresário Eike Batista.
Segundo os termos do acordo, a Wisco teria
70% do capital e a EBX 30%. A capacidade de produção prevista para a nova usina
seria de cinco milhões de toneladas.
Se fosse concretizado, o projeto seria o
investimento chinês mais importante realizado no Brasil e o maior da China em
uma empresa estrangeira, como chegou a afirmar o ex-presidente brasileiro Luiz
Inácio Lula da Silva.
Mas a Wisco decidiu renunciar ao projeto
depois de estudos de viabilidade que demonstraram altos riscos, segundo fontes
ligadas ao projeto e citadas pelo jornal 21st Century Business Herald.
Os custos aumentaram exponencialmente,
enquanto a usina, que seria construída na zona industrial do Porto do Açu, no
norte do estado do Rio de Janeiro, também precisaria de 300 km de ferrovias
para ser conectada a uma mina de ferro da Wisco.
A contração do mercado brasileiro de aço e da
demanda mundial pelo metal também contribuíram para dissuadir a Wisco de levar
o projeto adiante, completa o jornal.
A empresa também não conseguiu garantir um
fornecimento de carvão coque estável e a um preço competitivo, segundo fontes
ligadas à empresa.
A AFP não conseguiu entrar em contato com
executivos da Wisco para confirmar a informação.
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