Governo do Rio acompanha
investigações de caso de homofobia em Volta Redonda
RIO - A fim de acompanhar de perto e auxiliar nas investigações do
assassinato do jovem Lucas Ribeiro Pimentel, no dia 25 de junho, em Volta
Redonda, o superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da
Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio
Nascimento, e o coordenador do Centro de Referência da Cidadania LGBT da
capital, Almir França, estiveram nesta segunda-feira na cidade, no Sul
Fluminense. O delegado da 93ª DP (Volta Redonda), Antônio Furtado, instaurou inquérito.
Cinco pessoas vão depor. Representantes do Programa Rio Sem
Homofobia e o delegado Antônio Furtado conversaram com tios, primos e irmãos da
vítima, que tinha 15 anos. Eles puderam recapitular os últimos passos de Lucas,
que foi empalado e teve seus olhos perfurados e crânio afundado. O delegado já
pediu as imagens do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública.
"Nossa primeira preocupação foi acolher a família de Lucas. É
um crime bárbaro e uma palavra de conforto nesta hora é de suma importância.
Neste momento, estamos auxiliando nas investigações e conscientizando da
importância de se denunciar crimes como esse. Acompanharemos de perto para que
mais esta homofobia trágica não fique impune!", afirma, por meio de nota,
o também coordenador do Programa Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento.
Cláudio Nascimento e Almir França também tiveram um encontro com o
vice-presidente do Conselho Municipal da Juventude de Volta Redonda, Adilson
Paulo de Oliveira, e o representante do Movimento LGBT do Sul Fluminense,
Andrei Lara, que ajudaram na obtenção de mais informações do caso.
A polícia soube que o latrocínio - roubo seguido de morte - também
teve motivações homofóbicas, uma vez que o crime foi praticado com requintes de
crueldade. O corpo do jovem foi encontrado na quinta-feira, justamente no Dia
do Orgulho Gay, boiando no Rio Paraíba do Sul, próximo ao bairro Retiro, em Volta
Redonda, no Sul Fluminense.
Segundo testemunhas, o rapaz estava com R$ 900, que foram
roubados. Lucas foi visto pela última vez na noite de sábado em um show, na
Ilha São João. Antes de desaparecer, ele chegou a informar a dois conhecidos
que viajaria para o Rio após o evento. A família de Lucas chegou a registrar o
desaparecimento dele na delegacia.
O rapaz morava no bairro Açude. Ele costumava a frequentar a casa
da mãe, no bairro Voldac, também em Volta Redonda.
QUEM SOFRE É A FAMÍLIA, PELA INCOMPETÊNCIA DO PODER PÚBLICO.
ISSO É UMA VERGONHA !
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