Cabral já avisou a Dilma que deve deixar o
governo em 2013
O governador Sérgio Cabral está
decidido a deixar o Palácio Guanabara em dezembro de 2013. A ideia está em
estágio tão avançado que Cabral já conversou sobre o assunto com a presidente
Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula. A saída antecipada beneficiaria três
de seus principais aliados: o vice-governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito
Eduardo Paes e o filho do governador Marco Antônio Cabral. Com a saída de
Cabral em dezembro de 2013, Pezão teria dez meses até as eleições, se
apresentando à população como governador. Esse foi justamente o argumento
apresentado por Cabral a Dilma. As informações são do jornal O Globo.
A estratégia atende outro compromisso de
Cabral: pavimentar o caminho de Eduardo Paes para ser governador do Rio em
2018. Concorrendo ao governo no exercício do mandato, Pezão ficaria
impossibilitado de disputar a reeleição em 2018, beneficiando, então, o
prefeito do Rio. Caso consiga se reeleger em outubro, Paes ficaria na
prefeitura até 2016 - aproveitando a Copa e as Olimpíadas - e seria candidato
do PMDB a governador, com apoio de Pezão e Cabral, em 2018. Além de resolver as
situações de Paes e Pezão, a saída de Cabral do governo em dezembro de 2013
permitiria ao governador construir a carreira de filho. Assessor de Paes na
prefeitura do Rio, Marco Antônio Cabral já conquistou aliados no círculo
político, mas não poderia concorrer em 2014 caso Cabral continuasse no governo.
A Constituição proíbe que parentes de até segundo grau de presidentes,
governadores e prefeitos sejam candidatos na mesma jurisdição.
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