Máquina recolhe moedas e gera crédito para
depósitos
Carregar grande quantidade de moedas pode ser um estorvo para
muitos. E o incômodo de transportá-las faz com que fiquem esquecidas nas
gavetas e nos bolsos. Porém, para quem trabalha no comércio, elas fazem falta
no momento de dar o troco aos clientes. Com o objetivo de ajudar ambos os
lados, a empresa Hess Latam, união da alemã Hess com o grupo brasileiro MB
Capital, lançou uma máquina para recolher as peças e reutilizá-las. A Hess
CoinIn 312 está presente em mais de 50 países da Europa, da Ásia e da África e
chega no Brasil este ano.

A máquina de moedas é uma maneira de colocar dinheiro parado de volta em circulação
A simplicidade do equipamento é uma da
características. Depois de receber as moedas e identificá-las, o valor será
convertido em crédito para depósito bancário ou para uso em compras, na forma
de voucher. Se escolher a primeira opção, o cliente precisa ter em mãos os
dados da conta, o que possibilita que a transferência seja feita para ele
próprio ou para outra pessoa. Segundo o diretor-presidente da Hess Latam,
Demilson Guilhem, a CoinIn 312 é de grande confiança na contagem e na
identificação de dinheiro falso. "A nossa máquina faz quatro validações da
moeda para ter certeza de que ela tem valor monetário. Ela faz a conferência de
diâmetro, espessura, material e magnetismo", afirma Guilhem. O processo
evita que objetos de mesmo tamanho e formato sejam confundidos com moedas
verdadeiras. Sua capacidade é de 2,5 mil peças por minuto e moedas de qualquer
valor podem ser inseridas - no caso brasileiro, de R$ 0,01 a R$ 1.
O representante da Hess Latam identifica
vantagens do equipamento tanto para os usuários quanto para os estabelecimentos
onde forem instalados. "Muitas pessoas têm um grande valor em moedas em
casa e não sabem o que fazer com ele, e os bancos têm resistência em receber. A
máquina ajuda a dar um direcionamento". O conhecido problema da falta de
troco no caixa do supermercado também pode ser suprido com a instalação da
tecnologia europeia. Guilhem lembra que o comerciante pode retirar as moedas da
máquina e colocá-las nos caixas, o que faz com que ele não precise pagar uma
transportadora de valores para trazê-las. Além disso, o cliente pode optar por
trocar o valor contabilizado pela CoinIn por um voucher, um crédito para usar
em compras dentro da loja. "Isso faz com que o dinheiro que ele recebeu
nem saia do supermercado. É uma forma de aumentar o faturamento da
empresa", conclui Guilhem.
O principal ponto positivo da instalação
das máquinas recolhedoras de moedas é a reutilização de dinheiro que estava
parado em casa. Segundo o diretor-presidente da Hess Latam, isso representa um
grande benefício para o sistema monetário brasileiro. "Em torno de 30% das
moedas estão fora de circulação e há uma falta delas. Isso faz com que o
governo tenha um custo adicional para fazer novas. Se conseguirmos mantê-las em
uso, isso não acontece". Guilhem lembra ainda que a moeda tem maior
durabilidade que as notas devido à utilização de lítio, nas mais antigas, e do
cobre na sua fabricação. "Trinta vezes mais que uma nota de
dinheiro", ressalta.
A expectativa da companhia é que até o
quarto trimestre de 2012, 50 máquinas estejam funcionando em supermercados e
bancos. Estes pilotos devem ser distribuídos na região Centro Sul do país, mas
ideia é que no futuro o sistema esteja presente em todo o Brasil. Guilhem
lembra que, apesar de o projeto estar direcionado para os setores bancário e
varejista, eles também visam levar a inovação a pedágios e transportadoras de
valores.
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