quarta-feira, 25 de julho de 2012

RECOLHENDO MOEDAS


Máquina recolhe moedas e gera crédito para depósitos



Carregar grande quantidade de moedas pode ser um estorvo para muitos. E o incômodo de transportá-las faz com que fiquem esquecidas nas gavetas e nos bolsos. Porém, para quem trabalha no comércio, elas fazem falta no momento de dar o troco aos clientes. Com o objetivo de ajudar ambos os lados, a empresa Hess Latam, união da alemã Hess com o grupo brasileiro MB Capital, lançou uma máquina para recolher as peças e reutilizá-las. A Hess CoinIn 312 está presente em mais de 50 países da Europa, da Ásia e da África e chega no Brasil este ano.
A máquina de moedas é uma maneira de colocar dinheiro parado de volta em circulação. Foto: Hess Latam/ Divulgação
A máquina de moedas é uma maneira de colocar dinheiro parado de volta em circulação

A simplicidade do equipamento é uma da características. Depois de receber as moedas e identificá-las, o valor será convertido em crédito para depósito bancário ou para uso em compras, na forma de voucher. Se escolher a primeira opção, o cliente precisa ter em mãos os dados da conta, o que possibilita que a transferência seja feita para ele próprio ou para outra pessoa. Segundo o diretor-presidente da Hess Latam, Demilson Guilhem, a CoinIn 312 é de grande confiança na contagem e na identificação de dinheiro falso. "A nossa máquina faz quatro validações da moeda para ter certeza de que ela tem valor monetário. Ela faz a conferência de diâmetro, espessura, material e magnetismo", afirma Guilhem. O processo evita que objetos de mesmo tamanho e formato sejam confundidos com moedas verdadeiras. Sua capacidade é de 2,5 mil peças por minuto e moedas de qualquer valor podem ser inseridas - no caso brasileiro, de R$ 0,01 a R$ 1.
O representante da Hess Latam identifica vantagens do equipamento tanto para os usuários quanto para os estabelecimentos onde forem instalados. "Muitas pessoas têm um grande valor em moedas em casa e não sabem o que fazer com ele, e os bancos têm resistência em receber. A máquina ajuda a dar um direcionamento". O conhecido problema da falta de troco no caixa do supermercado também pode ser suprido com a instalação da tecnologia europeia. Guilhem lembra que o comerciante pode retirar as moedas da máquina e colocá-las nos caixas, o que faz com que ele não precise pagar uma transportadora de valores para trazê-las. Além disso, o cliente pode optar por trocar o valor contabilizado pela CoinIn por um voucher, um crédito para usar em compras dentro da loja. "Isso faz com que o dinheiro que ele recebeu nem saia do supermercado. É uma forma de aumentar o faturamento da empresa", conclui Guilhem.
O principal ponto positivo da instalação das máquinas recolhedoras de moedas é a reutilização de dinheiro que estava parado em casa. Segundo o diretor-presidente da Hess Latam, isso representa um grande benefício para o sistema monetário brasileiro. "Em torno de 30% das moedas estão fora de circulação e há uma falta delas. Isso faz com que o governo tenha um custo adicional para fazer novas. Se conseguirmos mantê-las em uso, isso não acontece". Guilhem lembra ainda que a moeda tem maior durabilidade que as notas devido à utilização de lítio, nas mais antigas, e do cobre na sua fabricação. "Trinta vezes mais que uma nota de dinheiro", ressalta.
A expectativa da companhia é que até o quarto trimestre de 2012, 50 máquinas estejam funcionando em supermercados e bancos. Estes pilotos devem ser distribuídos na região Centro Sul do país, mas ideia é que no futuro o sistema esteja presente em todo o Brasil. Guilhem lembra que, apesar de o projeto estar direcionado para os setores bancário e varejista, eles também visam levar a inovação a pedágios e transportadoras de valores.

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