Brasil, Colômbia e Peru fortalecem nova plataforma têxtil
sul-americana
São
Paulo, 4 jul (EFE).- Brasil, Colômbia e Peru fortalecem uma nova plataforma
têxtil sul-americana que abre espaço no mundo dos tecidos, confecção e moda e
que conquista mercados a partir de eventos como o Première Brasil - versão
latino-americana do Première Vision -, inaugurado nesta quarta-feira em São
Paulo.
'A América do Sul apresenta características de evolução e a
plataforma sul-americana oferece soluções para o mundo têxtil a curto, médio e
longo prazo com qualidade, competência e uma cultura própria' assinalou à
Agência Efe Fernando Pimentel, superintendente da Associação Brasileira da
Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).
No entanto, o executivo advertiu que a região precisa de mais
investimentos na 'capacitação e formação profissional, para agregar valor à sua
inovação e traduzi-la em lucros', que são condições necessárias para enfrentar
a concorrência da indústria têxtil chinesa.
Pimentel destacou que o Brasil conta com 'a última cadeia têxtil
completa do Ocidente', que vai desde a plantação de fibras como o algodão até a
exibição das criações na passarela das principais vitrines da moda no mundo.
Com mais de 30 mil empresas formais, o setor é o segundo maior
gerador de emprego no Brasil, atrás da indústria de alimentos e bebidas, e é o
quarto maior do mundo na área.
Pimentel comentou que Colômbia e Peru, que olhavam mais para o
mercado americano, agora focam suas vendas também no Brasil, e os três países
conseguem, juntos, romper novas fronteiras.
Em 2011, o setor têxtil colombiano faturou US$ 5,4 bilhões, que
representam um aumento de 13,04% frente aos números de 2010, com destaque para
as vendas a países vizinhos como Venezuela, Equador e Peru - tradicionais
compradores - e Brasil, com o qual intensificou relações nos últimos anos.
Já o Peru produz 672 milhões de unidades anuais de vestuário, e
em 2011 as exportações renderam ao país US$ 1,9 bilhão (27,7% a mais que em
2010) e um mercado interno de US$ 2,9 bilhões.
Sobre a Argentina, Pimentel afirmou que o país 'segue um caminho
errado, que desune os empresários' e, consequentemente, afasta o setor têxtil
argentino do bom momento que passam seus vizinhos.
Durante a abertura da sexta edição do Première Brasil, que vai
até a próxima quinta-feira, a Abit divulgou que, no primeiro semestre deste
ano, o Brasil registrou importações de US$ 3,3 bilhões, que representam um
aumento de 39% frente aos primeiros seis meses de 2011.
As exportações, consideradas ainda em um 'nível baixo' por parte
da associação, foram de 611 milhões no semestre e registraram uma redução de
13,5% no mesmo comparativo.
O Première Brasil, que acontece em formato similar ao Première
Vision, de Paris, reúne 139 expositores de 17 países no Expo Center Norte de
São Paulo.
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